Realizada de 05 a 08 de março de 2024
No Ilê Axé Kiambá Ojú Oyá – Caruaru-PE
Facilitador: Evandro Lunardo (produtor cultural)
Essa oficina foi um marco na história do nosso terreiro. Durante quatro dias, recebemos no Ilê Axé Kiambá Ojú Oyá um grupo de fazedoras e fazedores de cultura popular para aprender, trocar e construir juntos os caminhos para acessar políticas públicas de fomento à cultura.
Mais do que elaborar projetos, plantamos autonomia. Cada roda de conversa, cada orientação sobre orçamento, escrita sensível, contrapartida e justiça ancestral serviu para fortalecer nossos saberes — e transformar a oralidade em potência de política pública.
A formação fez parte do projeto Raízes e Antenas, com apoio da Lei Paulo Gustavo, da Prefeitura de Caruaru, da Fundação de Cultura de Caruaru e do Ministério da Cultura.
Este foi um encontro entre tradição e estratégia, entre terreiro e editais. Um caminho de retomada, onde a cultura popular volta a ser protagonista também nos espaços de decisão.
🤝 Parceiros desta ação:
Autor do projeto - Evandro Lunardo
Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura , Prefeitura de Caruaru, Fundação de Cultura de Caruaru
🎨 Vernissage PRA OYÁ – Iláorum no Ilê Axé Kiambá
No dia 02 de novembro de 2024, o Ilê Axé Kiambá Oju Oya foi palco da primeira exposição de Iláorum, filha do Ilê Axé Kiambá Oju Oya, como artista visual, em um momento marcante de afirmação artística e ancestral. A mostra, intitulada “PRA OYÁ”, revelou ao público a trajetória sensível e potente da artista, suas inspirações no universo da espiritualidade afro-brasileira e sua conexão profunda com o orixá Oyá.
O Terreiro, tradicional espaço de culto e acolhimento espiritual, se transformou também em território de arte e cultura viva, recebendo um público eclético, amante da arte, da tradição e da diversidade. A exposição foi acompanhada por uma vernissage com comidas tradicionais de terreiro, reunindo sabores, memórias e afetos que dialogam com as obras expostas.
Mais do que um evento artístico, “PRA OYÁ” foi um gesto de desmistificação dos terreiros, reafirmando sua vocação como espaço de criação, pertencimento e expressão cultural, onde a arte não se separa da fé, da história e da coletividade. Um momento inesquecível para a trajetória de Iláorum e para todos que presenciaram essa celebração do sagrado através das cores, formas e sentidos.
📍 Realização no Ilê Axé Kiambá Ojú Oyá
🗓 Março de 2025
🎨 Idealização: Iláorum – Ekeji do Axé, filha de Oxalá
🌿 Projeto contemplado pela Lei Aldir Blanc Municipal – 2024
📱 Instagram: @paletaurbana
Uma vivência artística guiada por afeto, cor e ancestralidade.
O Paleta Urbana foi um curso gratuito de pintura destinado a jovens e adultos da periferia de Caruaru. Idealizado por Iláorum, filha de Oxalá e Ekeji do Ilê Axé Kiambá Ojú Oyá, o projeto foi desenvolvido no próprio espaço do terreiro — não como um ateliê formal, mas como um terreiro que acolhe sonhos e práticas culturais.
Durante cinco encontros (dias 8, 9, 15, 16 e 22 de março), os participantes tiveram acesso a materiais completos, orientação artística e um espaço vivo de pertencimento e expressão.
O Ilê não possui um ateliê físico, mas oferece corpo, chão e axé.
Receber este projeto foi um presente espiritual e cultural para toda a comunidade.
O projeto foi um marco de como o terreiro pode ser também território educativo e criativo, integrando ancestralidade, juventude e arte urbana de forma viva.
Idealizadora: Iláorum
Oficineiros: Elisa Portella, Shuá e Tejota
Parceria: Ilê Axé Kiambá Ojú Oyá como espaço de realização e acolhimento
Ao final do curso Paleta Urbana, o Ilê Axé Kiambá Ojú Oyá se transformou mais uma vez em território vivo de arte e ancestralidade. A vernissage marcou o encerramento do ciclo formativo com uma exposição sensível e vibrante, reunindo obras autorais dos participantes inspiradas na espiritualidade afro-brasileira, nas ruas e na força simbólica das cores.
Mais do que arte visual, a noite foi regada com os sabores sagrados dos orixás, preparados com zelo e axé pelas mãos que mantêm viva a tradição da culinária de terreiro. Acarajé, abará, vatapá, feijoada, inhame pilado e ipeté dialogaram com as obras expostas, criando uma experiência sensorial que uniu o sagrado ao cotidiano.
A vernissage reafirmou o Ilê como espaço cultural de acolhimento, criação e resistência, onde a arte se conecta à memória, ao corpo e ao território. Um momento de celebração coletiva, beleza e partilha que encantou um público diverso, ampliando o olhar sobre o terreiro como lugar de cultura viva.
No dia 20 de maio de 2025, o Ilê Axé Kiambá Ojú Oya abriu suas portas mais uma vez para a arte e a ancestralidade. Recebemos com imensa honra o espetáculo GENI, do Coletivo de Teatro Experimental Libertas (Minas Gerais), dentro da programação da I Mostra Nacional Tabuleiro de Teatro, que promoveu a circulação de grupos negros de diferentes territórios pelo país.
O terreiro foi palco de um potente monólogo que trata de afeto, luta e identidade LGBTQIAP+ preta. Um momento de emoção e resistência que uniu comunidade, artistas e amantes do teatro, provando que a cena das artes também floresce a partir das encruzilhadas do axé.
Essa parceria reafirma o compromisso do Ilê Axé Kiambá com a valorização da cultura negra, da diversidade e da ocupação simbólica dos terreiros como espaços de arte, diálogo e transformação.
📍 Local: Ponto de Cultura Ilê Axé Kiambá Ojú Oya – Caruaru/PE
🎭 Espetáculo: GENI – Coletivo Libertas (MG)
🤝 Parceria: I Mostra Nacional Tabuleiro de Teatro