PROJETOS CULTURAIS – Tradição viva, cultura em movimento
O Ilê Axé Kiambá Ojú Oyá é mais do que um espaço de fé: é também um terreiro de cultura viva, de educação popular e de criação comunitária, onde tradição e transformação caminham de mãos dadas. Fundado em 2005 por Pai Kiambá (Flávio Cavalcanti dos Santos), o Ilê é referência em Caruaru-PE por sua atuação como instituição religiosa, cultural e social, unindo o sagrado às políticas públicas de cultura, memória e pertencimento.
Desde sua origem, o Ilê constrói uma trajetória sólida com ações formativas, oficinas, festas públicas, rodas de saberes, vivências com juventudes de periferia e valorização da oralidade afro-brasileira. Essa caminhada é reconhecida por diversas instâncias locais, estaduais e nacionais, com títulos, prêmios e participações em redes de articulação cultural.
Ponto de Cultura reconhecido pelo Ministério da Cultura (desde 2024)
Notório Saber da Cultura Afro-brasileira concedido pela Fundação de Cultura de Caruaru (2017)
Participação ativa nas IV Conferência Municipal de Cultura e delegado na V Conferência Estadual de Cultura do estado de Pernambuco
Representações em audiências públicas, fóruns, pré-conferências e plenárias culturais
Destaque em editais como Lei Paulo Gustavo, PNAB Municipal 2024, Práticas Exitosas PNAB Estadual 2024, entre outros
Ações registradas em programas como Cultura Viva, Cultura Popular, Juventudes e Povos de Terreiro
Pai Kiambá, além de Babalorixá da nação Ketu, é agente cultural, artista popular, formador e articulador de políticas culturais voltadas aos povos tradicionais de matriz africana. Atua como referência em espiritualidade, ancestralidade e protagonismo periférico, sendo:
Idealizador de projetos premiados como Sabores Espirituais, Samba de Roda no Axé, Ofina de percussão e Dança afro-brasileira
Facilitador de oficinas sobre gastronomia de terreiro, oralidade sagrada, folhas medicinais e juventude afrodescendente
Conselheiro e militante da cultura afro-brasileira em Caruaru e no Agreste
Palestrante em escolas, universidades, eventos públicos e rodas de política cultural
Seu trabalho se destaca por unir formação com axé, espiritualidade com arte, e tradição com inovação, promovendo uma cultura que cura, transforma e acolhe.
A cada projeto realizado, o Ilê reafirma o compromisso de ser um espaço de:
Acolhimento pedagógico afrocentrado
Formação continuada em cultura popular e saberes de terreiro
Preservação da memória e valorização do protagonismo negro
Diálogo com as juventudes, as mulheres, os griôs e os mestres populares
Nosso trabalho é feito com verdade, pertencimento e continuidade, porque sabemos que o axé também é política pública, educação e resistência.
Conheça abaixo alguns dos nossos projetos culturais realizados, premiados e em andamento. Todos nascem do chão sagrado do Ilê e carregam o nome de nossos orixás, nossas raízes e nossas vozes.
Comida de Terreiro como Patrimônio Vivo
"Sabores Espirituais" é um projeto do Ilê Axé Kiambá Ojú Oyá, terreiro de matriz africana (nação Ketu) localizado em Caruaru-PE. Desde sua fundação, o Ilê cultiva a tradição de servir alimentos sagrados durante suas festividades religiosas, conforme mandam os fundamentos dos orixás.
Em 2023, essa sabedoria ancestral se transformou em política pública: o projeto foi aprovado na Lei Paulo Gustavo (MinC) e executado com total sucesso em 2024. Realizamos encontros gastronômicos, partilhas e rituais, valorizando a cultura alimentar de terreiro como tecnologia de cuidado, identidade e memória.
Além das ações realizadas, o projeto cumpriu com sua contrapartida social, fortalecendo o vínculo com a comunidade e prestou contas de forma transparente e comprometida.
🌿 Este vídeo é um registro vivo de uma cultura que nutre corpo, alma e território.
📌 Projeto financiado com recursos da Lei Complementar nº 195/2022 – Lei Paulo Gustavo, com apoio da Fundação de Cultura de Caruaru e Ministério da Cultura – Governo Federal.
A Percussão Afro-brasileira é um projeto permanente do Ilê Axé Kiambá Ojú Oyá, voltado à formação musical, cultural e espiritual de crianças, jovens e adultos com interesse em vivenciar os ritmos ancestrais das culturas de matriz africana.
As oficinas são conduzidas pelo Ogan Vinicius Ferreira Cavalcanti, percussionista, arte-educador e iniciado, com mais de 12 anos de estudos dedicados à musicalidade afro-brasileira, discípulo direto do mestre Petrucio Cruz, referência nacional em percussão de tradição.
O projeto oferece oficinas contínuas com base nos fundamentos do axé e da pedagogia de terreiro, ensinando com respeito e profundidade:
Técnicas dos toques sagrados dos atabaques (rum, rumpi e lê)
Ritmos do Candomblé Ketu, Afoxé, Samba de Roda e Maracatu de Baque Virado
Práticas de escuta, afinação e cuidado com os instrumentos
Noções de oralidade, improvisação e expressão corporal
A vivência do ogan como pilar rítmico e espiritual do terreiro
Por ser permanente, o projeto forma uma base sólida de ogans, aprendizes e percussionistas conscientes do seu papel na preservação e continuidade das tradições afro-brasileiras. As aulas acontecem no próprio barracão do Ilê e também podem ser levadas a escolas, eventos e outras comunidades mediante convite.
A Dança Afro-brasileira é um projeto permanente do Ilê Axé Kiambá Oju Oyá, criado para promover a formação artística, corporal e identitária de crianças, jovens e adultos por meio dos movimentos e ritmos das culturas de matriz africana no Brasil.
As oficinas são voltadas ao estudo e à vivência dos ritmos afro-brasileiros tradicionais, com foco na valorização da expressão corporal, da musicalidade e da memória coletiva. Aqui, dançar é resistir, celebrar e afirmar o corpo como território de axé, mas sem vínculo com ritos religiosos ou dança para orixá.
Passos e fundamentos da Dança Afro-brasileira com base em ritmos como:
Afoxé, Samba de Roda, Maracatu, Jongo e Ijexá
Noções de ritmo, musicalidade, respiração e presença cênica
Técnicas de expressão corporal, improvisação e coletividade
Conhecimento das raízes culturais dos movimentos
Construção de identidade, autoestima e pertencimento por meio da arte
As aulas são conduzidas com cuidado e respeito às heranças africanas, utilizando a pedagogia de terreiro como base para criar um ambiente de escuta, partilha e crescimento coletivo. Tudo com linguagem acessível e sem exigência de experiência anterior.
O projeto está enraizado no barracão do Ilê, mas também se expande para escolas, espaços culturais e comunidades, levando dança, axé e cultura por onde passa.